A pedido dos trabalhadores, o pataphisico_azul vai hoje propor mais uma receita culinária para deleite dos seus leitores. O tempo já vai quente. Bastante quente, aliás, e já abriu a época das barbacuas. Por isso, hoje, apresentar-vos-ei uma iguaria que esteve muito em voga em meados dos anos '70, em especial entre militantes do Partido Comunista Portugues, sendo no entanto originária do Cáucaso, mais propriamente das costas do mar negro, e que era o prato preferido do Secretário Geral do P.C.U.S. tovarisch Iosif Vissarionovitch Djugashvili "Stalin". Falo-vos de "Criancinha no Espeto".
Uma parte importante na confecção desta iguaria, passa pela selecção da carne. Os meus leitores devem atentar bem, e escolher só criancinhas das melhores famílias burguesas. Isto porque, criancinhas de famílias mais pobres dão uma carne menos gorda, que é, depois de cozinhada, demasiado seca. Por outro lado, a carne de criancinhas de famílias aristocráticas, também não é a melhor escolha, já que o alto consumo de carnes, em especial carne vermelha e de caça, que se verifica nesta classe social, tende a aumentar muito o colestrol das criancinhas, piorando além disso o sabor da carne. Outro ponto importante é seleccionar bem a parte da criancinha a utilizar na confecção deste delicioso prato. Se a criancinha for bem constituída, sem ser demasiado flácida, o que é ideal, a melhor parte é o entrecosto, a que se tira o osso. Utiliza-se também as perninhas, cortadas em cubos, e as costeletas, também sem osso (o que resta da carne também pode ser grelhado, mas não é ideal para o espeto. Apenas o rabinho aconselho a deixar para outro dia, e assar no forno com batata pequena e laranja). Toda a carne deve ser deixada a marinar durante pelo menos cinco horas, numa combinação de alho, sumo de limão, louro, sal, pimenta, e vinho tinto (se experimentarem substituir um pouco do limão por um pouco de lima, dá um sabor mais alegre ao prato...). Após isto, devem por a carne nos espetos (como sabe quem leu a minha posta de 3/12 passado, saber grelhar é o principal orgulho do macho humano a seguir ao comprimento de certo órgão exterior). Caso seja preciso, os pedaços de carne referidos alternam-se no espeto com pedaços da entremeada gorda (que também se deixa a marinar na mesma combinação), para ficarem mais sumarentos. Não é utilizado na receita original, mas, caso seja a gosto dos caros leitores/cozinheiros, também se podem grelhar nos mesmos espetos, vegetais, tais como pimentão, cebola, ou mesmo alho, bróculos, ou batatas. A gosto. Como acompanhamento, também não vou sugerir nada em particular, já que a barbacuas está o português mais que habituado e sabe o que fazer.
Quanto a líquidos, não poderia deixar de recomendar um Cahor georgiano, com umas vodcas fresquinhas no fim para refrescar e digerir (pelo amor de deus, sem sumos à mistura). Mas, para quem prefere os tintos nacionais (sim, que isto de carne, ainda por cima grelhada, nem pensar em branco ou verde...), aconselho um Douro com um sabor bem frutado, ou então um Dão, que também não vai mal. Ah, e garantam que têm sombra para toda a gente tirar uma sesta depois do almoço. Estas criancinhas burguesas são bem pesadas...
Especial
Blógues góh góh
Gajo que tem a mania que é poeta mas na verdade é tudo só para engatar gajas (sem resultado)
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Aspirina B - Intelectualóides de esquerda com muito charro fumado e mais ainda por fumar. oKupantes
Blógues nazi-fascistas
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