Quinta-feira, 19 de Maio de 2005

Proposta para um novo Império

É um facto aceite pelos principais politólogos modernos, que a sociedade ocidental se rege por um sistema que tem por valores mais altos a liberdade individual dos cidadãos, e a separação entre estado e igreja. É também um facto assente, que estes valores tiveram a sua base na Europa, com a assinatura da Carta Magna, depois com a Revolução Francesa, etc.


Um terceiro facto, este não afirmado pelos politólogos modernos mas perfeitamente óbvio, é que a maioria dos meus leitores não se deixou enganar pelos politólogos modernos. "Liberdade individual dos cidadãos", quer dizer, é a mesma coisa que dizer que o povo é estúpido. Mas nem sequer é para chamar "estúpido" ao povo que aqui vos escrevo esta posta hoje. Ou talvez, mas não é esse o meu objectivo principal.


Quanto ao alegado "secularismo" dos estados ocidentais, nem sequer a enorme estupidez do povo engole essa. Quer dizer, como se diz no país mais ocidental de todos, "'gimme a break" (God bless America).  Passo a um breve historial da mistura entre estado e igreja.


 


Se quisermos ir mesmo ao princípio desta mistura, talvez seja algo exagerado (ou talvez não...) dizer que teríamos que regredir ao tempo em que a Terra era dominada por formas de vida unicelular, nomeadamente eucariotas e procariotas, mas, ir ao momento em que os nossos antepassados macacóides, por causa do aquecimento global, foram obrigados a deixar o seu abrigo nas árvores e a começar a viver no chão e em grutas, quais vis quadrúpedes, será talvez já tarde demais. No entanto, passemos rapidamente ao tempo moderno, que eu sei que os meus leitores são gente ocupada e não têm tempo para toda a longa historieta. O tempo moderno começa, como é óbvio, com certo líder político de Israel, no topo de certo monte, a falar com um arbusto que arde e não se consome (é sabido que o consumo de drogas entre clérigos foi e continua a ser comum). Poderemos definir este ponto como início da sociedade ocidental. Depois disso, tivemos imperadores romanos, mais tarde chamados Papas, e por aí em diante. E hoje em dia, se só há um estado dito "ocidental" que tem como chefe de estado um clérigo, os outros todos sonham ser o imperador Constantino, primeiro Papa Imperador (ou quase), e reunificar o grande império. Senão, vejam: a rainha do Império Onde o Sol Nunca Se Põe, Líder da Igreja Anglicana. A águia de duas cabeças Chiracschroeder (deverei agora referir também o pequeno Raffarin Bonaparte?), e a Constituição Europeia da Europa de tradições judaico-cristãs. A família Bush e o George W. (God bless America).


Claro que aqui no ocidente achamos que essas coisas de misturar religião com assuntos de estado só pode dar mal resultados, e só se passa nos países bárbaros. Por exemplo, todos sabemos que os sarracenos dão cacetada na mulher porque no Corão diz que se deve dar cacetada na mulher, e como eles são zulus e não sabem os limites da lei, dão. Num país desenvolvido, como por exemplo, digamos, Portugal, nunca nenhum marido bateria na sua esposa. Nem sequer ninguém se casaria com mais de uma pessoa, e não é só porque a igreja diz que é mau e por isso o estado ilegalizou. O povo vai antes às putas, que a igreja tolera, por isso o estado também tolera, e logo é decente. Para todos menos para elas, que são trazidas da Moldávia em camiões TIR, e são obrigadas a ficar fechadinhas nas casinhas de alterne, a fingir que são felizes, em troca de uma refeição por dia. Mas já me desvio do assunto.


 


Agora, antes de continuar para algo mais importante, gostaria de dar ainda mais alguns exemplos contemporâneos de regimes iluminados em que a religião conferiu ao executivo a legitimidade para governar. O primeiro, mais conhecido de toda a gente, é o Governo Revolucionário Islâmico do Irão. Como todos sabemos, o governo da Pérsia antes dos Ayatolahs lá chegarem era amado por quase todos os cidadãos... que eram membros do governo. Para isso contribuiu um bocado o facto de o Shá andar a oferecer soirés ao Nixon e a outros que tais, enquanto o povo não tinha arroz. Por isso não foi muito difícil derrubá-lo. O regime que o nosso caro amigo Khomeini colocou na República Islâmica do Irão, todos temos uma ideia de qual foi, e quer gostemos ou não do facto dos padres muçulmanos terem tomado o poder político para eles, a verdade é que nalgumas coisas o país melhorou, nem que seja só um bocadinho, e além disso Saddam Hussein, que toda a gente sabe que é a encarnação do demónio, odiava aqueles gajos mais que à família Bush toda junta, por isso alguma coisa de bom havia de haver ali.


 


O segundo exemplo que vos quero dar, vem de África, mais exactamente da Etiópia. Haile Selassie nasceu sob o nome de Tafari Makonnen (para quem neste momento se estiver a perguntar, não era finlandês nem nunca correu em ralis) filho de Ras (Duque) Makonnen. A história de como subiu ao trono, primeiro como regente da prima, sob o nome de Ras Tafari, e depois como imperador Haile Selassie I depois da morte desta, é demasiado complexa para ser contada aqui por mim. O importante é que foi coroado, tendo herdado o seu sangue imperial da sua avó paterna, reclamando descender directamente do Rei Salomão de Israel e da rainha Makeda do Sabá. Tomou o título de Sua Majestade Imperial, Imperador Haile Selassie I, Leão Conquistador da Tribo de Judá, Eleito de Deus, Rei dos Reis da Etiópia. Tudo Isto fica um pouco longe de separação entre estado e religião. Acrescentemos a isto, o facto de que a governação de Haile Selassie I foi das mais modernizantes a ter existido num país africano, e que lutou contra o fascismo italiano. Por fim, apesar de Haile Selassie ter sido um cristão copta até ao final da sua vida, existe hoje em dia uma nova religião a dos Rastafari, que acreditam que Selassie era o Messias.


 


Para falarmos sobre um terceiro regime iluminado que tivemos o privilégio de presenciar neste século XX de interessante história, viajemos até ao Haiti, 1957. Depois de alguns governos passageiros, incluindo alguns fantoches apoiados pelos ianques, que tinham retirado os seus marines do país havia pouco, François Duvalier ganha as eleições presidenciais e tem o apoio do exército. Era um homem com educação – médico – tem a sorte de pertencer à pequena elite que não é iletrada. É também um homem inteligente e desde cedo se começou a envolver no movimento de negritude ("black pride") Haitiano, e a instruir-se sobre a etnologia do país, em particular sobre a religião maioritária, o vodu. Tirou lucro dos seus estudos privados depois de ter chegado a presidente. Usa o apelido de "Papa Doc", ganho alegadamente quando era médico entre povo. Usa dois tipos de polícia secreta/militar para "reeducar" a elite educada, corrupta e demasiado ambiciosa do país (alguns anos depois estavam todos a tirar cursos na Universidade Debaixo da Terra), e também para por o exército na linha (que isto hoje em dia não se pode confiar em ninguém). Repeliu várias tentativas de invasão (pequenas e grandes réplicas da Baía dos Porcos). Mas o mais interessante foi o modo como se impôs ao povo como governante: apresentou-se como Baron Samedi, o espírito dos mortos, na religião vodu. Um pouco de propaganda, e sabemos como funcionam estas coisas. Para exemplo, imaginem os meus leitores um poster com François "Papa Doc" Duvalier usando a sua cartola à Baron Samedi e com Jesus Cristo pondo a mão no seu ombro, dizendo "EU ESCOLHI-O!". Aquando da morte de J. F. Kennedy, declarou que foi por causa de uma maldição vodu que lhe colocou. Estas coisas, e as transmissões de rádio, e presidir a cerimónias de vodu, eram coisas que impressionavam o povo. No campo político, "Papa Doc" conseguiu extorquir dinheiro a todos os empresários Haitianos, estrangeiros que punham pé no Haiti, a todos os estados da América Latina, principalmente aos que o rodeavam, que eram seus ferozes inimigos. Os seus maiores inimigos eram a República Dominicana, Cuba, e a iankelandia, e ele extorquiu dinheiro tanto a Batista como a Castro, e aos governos Dominicano e Americano até morrer. Finalmente, também arranjou uma série de problemas com o Vaticano, por ter expulso os bispos estrangeiros, que à partida deviam ser nacionais. Como podem ver, um tipo que, apesar de ser um bocado para o cleptomaníaco (ninguém é perfeito) também tinha as suas qualidades.


 


Então, meus caros leitores, colegas e camaradas, porque não algo no mesmo modelo para Portugal? Sim, a nossa grande Nação precisa de um líder espiritual que a guie no caminho da Revolução Socialista! Que seja o pastor do nosso povo! Mas quem, meus caros leitores? Quem é esse homem ou mulher, com tão brilhante destino pela frente? El-Rei São Sebastião, numa manhã de nevoeiro montado num cavalo branco? Penso que ainda não. Nossa Senhora de Fátima? Parece-me que já não. Ou vejamos. Quem tem tido uma influência com um crescendo mais acentuado no espírito dos portugueses nos últimos anos? Se falarmos da Igreja Católica Apostólica Romana, falamos de algo que tende a desaparecer, mais cedo ou mais tarde, se a tendência se mantiver como até agora. Certas e determinadas seitas cristãs, que nem vale a pena referir, foram apenas um fenómeno passageiro. Quanto àquela moda do budismo Zen, Induismo, e outras religiões orientais, em especial o Hare Krishna, tenho apenas três palavras: Gê Tê Á.


Mas meus amigos leitores, quem foi que começou, ainda há não muitos anos, com modestos anúncios nos classificados de vários jornais diários, e pequenos papéis distribuídos à saída do metro do Campo Grande, para depois ter já anúncios de página inteira (e muitas vezes a cores!) até, hoje em dia, ter chegado a ter um programa de televisão na T.V. Cabo? E assim conquistou o nosso líder o coração e o espírito de milhares e milhares de portugueses, prometendo no entanto, não se ficar por aqui, indo sempre mais alto, mais forte, e mais longe. De quem falamos, já os nossos leitores se aperceberam, pois a sua face bonacheirona, no entanto poderosa, amigável mas temível, já faz parte do imaginário português. Mas é sempre bom referir o seu nome: Excelentíssimo Sr. Prof. Dr. Bambo, ou simplesmente e apenas Prof. Bambo. Mas isto é apenas o início de algo muito maior!


O P.R.L.E.P.P. (Partido Revolucionário para a Libertação Espiritual do Povo Português - hã, bem tirada, não?), que conduzirá o Prof. Dr. Bambo ao poder, tratará de, sob a orientação iluminada deste, conduzir a revolução espiritual, e a revolução cultural, para que se possa implantar um verdadeiro estado socialista na nova República Socialista Espiritual Portuguesa.


Mas não nos ficaremos por aqui. Todos sabemos que "Portugal não é pequeno", e conhecemos o mapa que mostrava o império português a estender-se por essa Europa. O objectivo de longo prazo da República Socialista Espiritual Portuguesa será recuperar esse império. Não, não queremos ex-colónias perdidas por África, Índias, China, ou ainda mais longe. Para explorar as riquezas desses havemos de fazer como os ianques, sugamos tudo o que tiverem dando um par de notas de dólar e umas Levi's usadas em troca. Não. O nosso império é esse mesmo, o do mapa "Portugal não é pequeno". A Europa. Aliás, o lema do Prof. Dr. Bambo sempre foi "Primeiro a estação de metro do Campo Grande, depois o mundo". E o mundo, como sabemos, é a Europa e mais um par de nações ou dois.


Já o disse antes, mas obviamente que é quase um insulto à inteligência dos meus leitores pensar que eles podiam não saber quais foram os líderes políticos que, na antiguidade, unificaram a Europa, tanto politicamente como, mais tarde, religiosamente. Os imperadorpapas de Roma foram, assim, em tempos, os homens mais poderosos do mundo. Pois bem, não aceitaremos mais nenhum imperadorpapa a não ser o Prof. Bambo. (Caso o Vaticano tenha problemas com esse assunto, tenho a impressão de que não tem propriamente o maior exército do mundo para se defender. Uma unidade de paraquedistas até era capaz de tomar aquilo contra aquela guarda suíça tão alegremente vestida... se usasse óculos escuros, mais ou menos tipo Capitão Otelo Saraiva de Carvalho). E uma vez papa, o mais fácil será chegar imperador. Claro que a Santa Sé deixará de ser em Roma, para passar a ser em Lisboa. Substituiremos a Basílica de São Pedro pela Basílica da Estrela.


E teremos o imperador, Charlemagne, e o Bonaparte, português. O homem que vai recriar o grande império. Aconselharia uma coisa ao nosso grande líder Imperador Prof. Dr. Bambo e ao seu P.R.L.E.P.P.: não cometer o pequeno erro de invadir a Rússia no Inverno. Ou, de qualquer modo, em qualquer estação do ano, que já sabemos que os nossos camaradas de além Wisla são um bocado para o irritadiços.


Ele chegará, numa manhã de nevoeiro, montado num cavalo branco, e resolverá os seus problemas, quer eles sejam sentimentais, psicológicos, de dinheiro, de saúde, ou mesmo os maus-olhados mais poderosos (também fazemos casamentos e baptizados)! A libertação chegará, para toda uma nação!


 


Viva o Imperador Prof. Dr. Bambo! Viva o Partido Revolucionário para a Libertação Espiritual do Povo Português! Viva o socialismo-espiritismo!

publicado por товарищ V. E. às 05:28
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Segunda-feira, 9 de Maio de 2005

Nem fado nem Fátima, nem sequer futebol...

Tinha prometido a mim próprio que não ia descer ao nível de comentar assuntos como a eleição de papas, ou coisas dessas. Mas uma informação a que tive acesso recentemente não me deixa mais ficar calado. Como todos sabemos, o papa anterior era um senhor polaco muito adepto de Nossa Senhora de Fátima. O novo, é um senhor da Baviera. Não é especialmente adepto da santa portuguesa. Não, caros leitores, sabeis do que é que ele é adepto? Pois é, Sua Santidade o Papa Bento XVI é adepto do Bayern de Munich.


O fado... bem, quanto ao fado, o meu camarada já disse tudo. Fátima, foi-se com o último papa. Parece que com o novo papa também se vai o nosso futebol. Agora vão deixar o nosso povo sem nada! Sim, por que acham que ele, naquela posição não vai meter uma cunha pelo Bayern dele? O caro leitor faça o favor de se por no lugar dele... Já sabe, no Totobola (tm), o melhor que tem a fazer é marcar sempre a cruzinha na parte do Bayern.

publicado por товарищ V. E. às 02:47
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Domingo, 1 de Maio de 2005

A eterna questão pseudo-intelectual e pseudo-erudita: traduções Europa-América vs. Bertrand?

Camaradas, venho hoje expor uma situação com a qual me tenho deparado várias vezes, e a qual, sinceramente, me entristece. Infelizmente é um reflexo do baixo nível que as tertúlias pseudo-intelectuais portuguesas possuem.


Tudo se passou num espaço altamente erudito: encontrava-me eu, num destes finais de tarde primaveris, a participar numa animada tertúlia sobre literatura quando, um dos participantes, um jovem bloquista, trostskista, óculos de massa pretos, a fumar cachimbo, gola alta (ou não fosse ele bloquista), enfim um pseudo-intelectual pseudo-francófono (um daqueles jovens provincianos frustados, a quem a entrada na universidade de Lisboa ou Porto metamorfoseia, transformando-se num amante de tudo o que é erudito, tudo o que o possa transformar numa figura mais importante do que a do parvo lá da aldeia dele), enfim, esse jovem decide levar a conversa para um tema que considero do mais degradante pseudo-intelectualismo, pseudo-eruditismo, pseudo-inteligente, pedante e pretensionista: as traduções.


"Mas, caros colegas, qual consideram vós a melhor tradução, a da Bertrand ou a da Europa-América?" Tentei abstrair-me da conversa, evitar o confronto directo, confesso. Contudo, foi-me dirigida uma pergunta: "Qual foi a melhor tradução do Em busca do tempo perdido que já leu?"


Não me pude conter! Heresia! Provocação das provocações, perguntar-me, a mim, um erudito que só vê cinema europeu em pequenos cineclubes (excepto os do Lars Von Trier e os do Almodovar, esses comercialecos vendidos); eu, que frequento a Livraria Ler Devagar bisemanalmente, o CCB (Centro Cultural de Belém, não o Centro Comercial da Buraca) diariamente; a fundação Szenes-Vieira da Silva trimensalmente; eu, que só ando nos eléctricos antigos (por isso demoro tanto tempo a chegar a casa); eu que snifo rapé e leio o La Republique! Qual a tradução que eu prefiro?


Após beber um golo de vinho - é erudito beber vinho fora das refeições, caso não saibam - respondi, num tom contido e suave: "Tradução? Oh meu caro amigo, para quê? Tradutore traditore, como o povo costuma dizer. De Marcel Proust, se é a ele que te referes, li o À la recherche du temps perdu. Era essa a obra a que te referias? Considero de uma enorme baixeza intelectual reduzir toda a grandeza de uma obra a uma mísera tradução, que, pela ambiguidade implícita nesse processo, faz perder muita da inteligibilidade originalmente contida nela, do sentido primeiro vertido pelo autor." Foram mais ou menos estas as palavras que proferi, penso. Não estava muito inspirado nesse dia.


De facto, qual o prazer de ler, por exemplo Shakespear em alemão? Ou Borges em italiano? Ou José Luis Peixoto e Margarida Rebelo Pinto em português, braile ou qualquer outra língua conhecida, viva ou morta?


Cruel traição ao espírito, ao génio da obra! É um pouco como ir ao Colombo: eu só vou às Amoreiras, é mais in; como gostar de futebol, eu é mais xadrez e pelota basca; como fazer turismo em locais de praia vulgares, daqueles infestados de casais portugueses em lua de mel (Brazil, República Dominicana, Tailândia), eu só viajo pela Europa Central, para ver museus, e pelos mais recônditos esconderijos de África, de modo a contactar com outras realidades etnográficas. Ou como ir ver pseudo-cinema aos grandes centros comerciais, em vez de ir apreciar o verdadeiro cinema, a verdadeira 7ª arte, a um pequeno cineclube ou cinemateca, locais transbordando de eruditismo e intelectualidade! Ou como beber coca-cola, essa água suja do imperialismo, em vez do saboroso Snappy!


Camaradas, os pseudo-intelectuais vencidos jamais serão vencidos (ou obrigaos a pensar)!


Não desanimemos! A Revolução Cultural (Viva o Zé Dong!) acontecerá num futuro próximo, tal como a reforma agrária e o titulo de campeão nacional de baseball para o União da Madeira! E nesse dia, todos os portugueses serão obrigados a ler Dostoievsky em russo, Marx em alemão, Rimbaud em francês e o livro do José Mourinho em esperanto! A LUTA CONTINUA!

publicado por товарищ V. E. às 09:54
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